Hoje estou com uma necessidade exacerbada de dizer tudo aquilo que eu sinto. Preciso de expulsar os sentimentos que andam a moer o meu interior há semanas! E eu, tento ingnora-los. Faço-o na esperança que se cansem e me deixem... Vê-los partir ia trazer-me a serenidade que há muito busco e que não consigo encontrar. Consigo sentir o vazio dentro de mim e consigo perceber o que me falta. Adoraria conseguir ultrapassar isto com um simples estalar de dedos, era tão mais fácil... Pergunto-me, porquê que as partes mais dificeis tenho de ser eu a passa-las?! Saiu de casa num apice e ponho-me no sítio onde já fui muito feliz. As lágrimas continuam a escorrer enquanto o vento corre e me ajuda a tapar aquela tristeza com cada fio de cabelo que trago comigo. A força que tenho não é suficiente, sequer, para levantar as mãos e afastar o cabelo do meu rosto e por isso deixo-me estar assim. Olho para o rio e parece que te vejo na outra margem... Serás mesmo tu? E se és, será que esperas até eu conseguir chegar até ti? Tenho medo que não esperes e te vás, como já fizeste antes e, por essa razão, permaneço impávida no meu sítio enquanto vejo a tua imagem a desvanecer. Já te foste, não te encontro em lugar nenhum. Será que um dia, se te vir, te conheço? Sinto uma saudade que me corta a respiração... Sinto esta saudade apenas dos momentos em que passamos ali e nos quais toda a gente me ouvia a chamar-te bem alto: -"melhor amigo!", dizia eu com uma alegria retratada no meu rosto e uma vontade de viver que acelarava o meu coração e o fazia bater a mil. Mil recordações que trago comigo, mil sorrisos e mil olhares, mil palavras e mil minutos em silêncio. 1000 é realmente um número muito bonito, não é?
"Embora compreenda que nunca mais nos voltaremos a ver, há uma parte de mim que quer agarrar-se a ti para sempre."
Catarina
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