A comida não entra, sinto um nó no estomago e mal consigo respirar. Quero voltar a sonhar e não consigo, fecho os olhos e as lágrimas começam a transbordar sem que eu nada possa fazer. Algo não esta bem, algo esta errado... Vai morrendo a esperança que é alimentada pelas recordações de momentos infinitos de pura cumplicidade. E o meu olhar, para qualquer lado que olhe vai encontrando sempre um bocadinho de ti. A tua imagem aparece no rosto de qualquer pessoa que passa e o meu coração vai batendo cada vez mais depressa esperançado que uma daquelas pessoas sejas mesmo tu. Vou caminhando devagar, sem rumo e com a certeza de coisa nenhuma. Impressiona-me ver que tudo foi demasiado fugaz, como tudo aconteceu sem que eu percebesse a razão. É desconcertante sentir o que sinto e não conseguir parar de o sentir. É uma desilusão misturada com espanto e uma tristeza profunda que está a deixar marcas. Não esqueço isto nem durante um segundo, ás vezes lá tenho forças para guardar isto numa gaveta mas é demasiado intenso para ficar escondido muito tempo. Os 3 dias que passaram foram como imensas semanas e eu vou querendo afastar de mim todas estas coisas que me perturbam... E eu tento afastar, juro que sim, mas é-me completamente impossível. Arrepio-me só de pensar na indiferença que criaste, num bem estar muito estranho que sentes e questiono-me,"Como poderá alguém ter confessado uns sentimentos tão grandes e estar numa apatia em relação a mim tão grande?". Não me admiro nada de o meu inconsciente estar a por tudo em causa e como é obvio tento afastar isto da minha linha do pensamento para não sofrer ainda mais! Não há explicação, ou talvez haja, eu é que se calhar não a quero encarar... Vou guardando para mim a magoa de um desprezo incrível que sinto a cada palavra que leio. Muitos outros pensamentos horriveis passam mas eu tento ignora-los, não que consiga, porque são demasiado maus, mas abstraiu-me. Em tudo o que penso há um bocadinho de verdade baseada em factos que eu própria conheço... Anda uma mistura enorme de sentimentos dentro de mim, uns mais faceis de identificar do que outros, e eu não estou a ser capaz de lidar com isto. Voltei á estaca zero, tal como já estive antes! "vitória vitória, acabou a história..." (se teve um final feliz? Quem me dera que tivesse tido, talvez agora não estivesse a sofrer por amor...)
"Eu corro pro mar pra não lembrar você. E o vento me traz o que eu quero esquecer.",
Catarina
Sem comentários:
Enviar um comentário