sábado, 11 de julho de 2009

that's enough

Tinha ido numa saída habitual de familia, agora reduzida a três elementos devido á nova aquisição do meu irmão. É perfeitamente compreensível e já me começo habituar á ideia mesmo doendo cá dentro. Bem mas não é mesmo disto que se trata o meu post... Como ia dizendo, fomos ver um filme ao cinema e no caminho para casa eu chorei o caminho todo, foi um sofrimento silêncioso visto que não dei a entender que estava naquele pranto. De cada vez que olhava pela janela identificava-me mais com aquela noite, estava tudo tão escuro e sem graça que me dava pena e então chorava mais, sentindo-me uma completa idiota a chorar sem qualquer motivo... Quer dizer, isto é o que eu pensava na minha pobre alma dominada por pensamentos tristes. Não há ninguém que me conheça melhor que eu própria, uma coisa fascinante mas terrivelmente assustadora. Sei porque faço as coisas e porque choro mas não quero admitir e isso faz de mim uma sofredora silenciosa. Neste momento estou a chorar, não o digo a ninguém e fico sempre á espera que alguém me descobra, escondida dentro de mim mesma... Me encontre e me console... Pois, adivinha só, ninguém vai adivinhar que estas assim se não fores á beira das pessoas e lhes disseres!!! Mas o problema é esse mesmo, é que eu não tenho a coragem de chegar á beira das pessoas e dizer, "Hello, estou mal e preciso de alguém!". Não entendo esta minha maneira de ser mas adorava mudá-la. Não sei tudo sobre mim, é certo, e os conhecimentos que tenho adquiri-os ao longo de 16 anos... e simplesmente não entendo porquê que guardo tudo para mim, porquê que engulo as lágrimas que deviam ser deitadas cá para fora. E está claro que quando rebento despejo tudo e aí sim, é um grande problema. Por vezes levo as mais pequenas coisas ao extremo e quando dou por mim estou enterrada num buraco daqueles bem fundos pensando se algum dia conseguirei sair dali para fora. Sou complicada sim mas também demasiado sensível e isso torna-me uma pessoa completamente domínada por uma fragilidade imensa... Acho que é altura de me esconder e voltar ao meu mar de lágrimas... Talvez um dia aprenda a sorrir verdadeiramente para a vida como já o fiz um dia. Até lá vou escondendo por detrás da máscara mil e uma coisas que um dia irei desvendar... ou não.

"A vida não é triste. Tem horas tristes.",

Catarina

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