Os sinais estavam lá e mesmo assim quis contraria-los... Sai de casa, tinha de sair e não havia nada que me pudesse impedir. Ou talvez houvesse, talvez se eu soubesse o que fosse acontecer eu ficasse em casa. Deixou de ser um jogo, deixou de ser uma simples troca de palavras desagradaveis e mudou. Despertou algo em mim que eu preferia que tivesse ficado adormecido. Esperei o tempo suficiente para saber que estava iludida e fui. No momento em que virei as costas eu sabia que nada ia ser igual... E não vai ser. Estou a sentir um aperto tão grande que quase me sufoca. Talvez devesse ter escrito Amo-te na página de hoje e não na de amanhã... Porque amanhã já vai ser tudo diferente. Não esperava que concordasses e tu fizeste-o sem pensar. Talvez seja melhor assim. Já senti isto antes, tenho a certeza! Já senti isto nos momentos piores da minha vida... Tento conter as lagrimas lembrando-me da promessa que já fiz a mim mesma, NUNCA MAIS ISTO IRIA ACONTECER! Não quero sentir mais isto... Estou com medo. Preferia que aquele momento nunca tivesse acontecido e que as coisas fossem sempre normais. Tento lidar com a falta e a presença da mesma pessoa em sentidos diferentes e está a ser tudo menos fácil. A contradição que encontro nas tuas palavras não para de aparecer no meu pensamento. Afinal, estavas bem ou não? Compreendias ou não? Leva-me a pensar que foi sempre tudo uma farça e se a confusão já estava em mim então agora tomou-me por completo. Precisei de tempo e tu disseste que mo davas todo... Agora vejo que não o fizeste e jamais serias capaz de o fazer. Estavas tão perto e de repente ficaste tão longe.
"Em vez de um ponto,
Uma vírgula,"
Catarina
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